Sou o meu algoz

Forte é o mar!

Eu por mim…sou frágil

Logro de imortalidade

Luto contra a morte

mas acabo pó

Pasta de argamassa

Caveira sem ossos

pela fé acossada

pelos próprios passos

Desonra que talha

a alma cansada

Neste labirinto

em que me perdi

num fado indigente

Já trevas não vejo

Levito por cima

da minha cegueira

da minha carcaça

deste corpo inerte

jogado para canto

À espera do dia

em que eu mesma seja

o meu maior algoz

juíz ou carrasco

Fana
Enviado por Fana em 15/06/2010
Código do texto: T2320673
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