A Única Paz Que Eu Temo

Eu sei que vou estar vivendo enquanto você não me esquece

Só sairei do barco quando as flores murcharem

Partirei com amor, gosto do som que a beleza me traz

Serei o que eu posso

Me imagino no tango da despedida

Esfria, me evita, jamais serei como dizia

Só e não mente para a razão pois meu coração não tem duração

Irei devagar

Irei divagando

Qual é o sossego?

Qual é o prazer?

Qual é o porquê?

Sairei cantando para quem dançar

Sairei dançando a quem cantar

Sairei pra longe do seu mar

Sou eu, solidão! Acorde me, quero ir!

Onde vi senti pelo oceano a respiração purificando o meu ar

Deito e espero o vento arejar!

Ah, que vontade de choramingar!

Ah, que vontade de... finjo que encontro você na partida e na ida.

Como está o meu rosto? Que figura estou desenhando na areia?

Até onde irão minhas ideias, desejo, passagem, submissão.

Sou eu, solidão! Acorde me, quero ir!

Gente do meu sonho, os amigos fantasiados, queriam conhecer minha solidão que jurou ontem por minha tranqüilidade

Meus familiares já passaram por aqui

Quantas alegrias são possíveis para destruir esse entretecimento?

A solidão é tão carente

Por que não venham me seguir?

Não?

Vou atrás de mim

Agora

Descolorindo o rio

Vou me dirigindo

Até onde não tem nome

Dréus
Enviado por Dréus em 14/06/2010
Reeditado em 29/10/2012
Código do texto: T2320089
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