A Única Paz Que Eu Temo
Eu sei que vou estar vivendo enquanto você não me esquece
Só sairei do barco quando as flores murcharem
Partirei com amor, gosto do som que a beleza me traz
Serei o que eu posso
Me imagino no tango da despedida
Esfria, me evita, jamais serei como dizia
Só e não mente para a razão pois meu coração não tem duração
Irei devagar
Irei divagando
Qual é o sossego?
Qual é o prazer?
Qual é o porquê?
Sairei cantando para quem dançar
Sairei dançando a quem cantar
Sairei pra longe do seu mar
Sou eu, solidão! Acorde me, quero ir!
Onde vi senti pelo oceano a respiração purificando o meu ar
Deito e espero o vento arejar!
Ah, que vontade de choramingar!
Ah, que vontade de... finjo que encontro você na partida e na ida.
Como está o meu rosto? Que figura estou desenhando na areia?
Até onde irão minhas ideias, desejo, passagem, submissão.
Sou eu, solidão! Acorde me, quero ir!
Gente do meu sonho, os amigos fantasiados, queriam conhecer minha solidão que jurou ontem por minha tranqüilidade
Meus familiares já passaram por aqui
Quantas alegrias são possíveis para destruir esse entretecimento?
A solidão é tão carente
Por que não venham me seguir?
Não?
Vou atrás de mim
Agora
Descolorindo o rio
Vou me dirigindo
Até onde não tem nome