Por - do - Sol
Ó morte!
Minha maldita e doce morte,
Me abrace e me beije,
Me toma como seu.
Tenha em mim o calor no seu abraçar frio e gélido.
Caminhe comigo por essa estrada
Que a lugar nenhum leva,
Mas a quero seguir
Até que eu encontre algo que me conteste.
Quero estar à sua companhia
E que a sua presença me modifique.
Ah morte, meu amor por ti é desterro,
Meu destino é você,
Nosso amor é impossível, você é minha carrasca,
É quem decepará minhas aspirações.
Sou então, infeliz ao te querer?
Sou egoísta ao te ver como minha?
Sou idiota aos sonhar esse sonho
Enquanto poderia estar sonhando um impossível?
Ah eu não sei, não sei,
Não quero saber!
Dúvidas! Dúvidas! Dúvidas!
Sei que me tomo a cada segundo,
Nesse momento eu morro e não percebo.
Essa agonia perturbadora me consome,
A espera é insanamente frustrante.
Tu, que és a musa das musas,
Sabes da minha condição fraca e inútil.
É de todas, a maior poetisa.
Sua poesia é viva,
É inteiramente apaixonante.
Sei que em ti perpetuarei.
Sei que em ti serei notado,
Estarei por instantes,
No profundo delírio de estar sendo feliz.
Te quero,
Que venha em sua forma de mulher,
Com cabelos negros ao vento.
Me pegue pela mão
E adentre céu a fora comigo
E que o pôr-do-sol minha última
Dsoli