Solidão
A solidão arrebatadora abriu a porta
O frio sem acolhidas resfria a parede torta
Encostar as mãos no desgosto ao chorar
Lagrimejam as cobertas a soluçar
O menino de rua sente o tempo arredio
A estuprada pelo padrasto tem medo
A velha Senhora maltratada pelo filho degredo
A morta vida pinga gotas de fel em fio
O vadio sentir é amor estraçalhado no desterro
O peito aberto à sangria ao ventilar o erro
Calar e sofrer, no abafado amanhecer
Beijar línguas imundas e arremeter
A profunda fuga entre runs e vinhedos
Cegam a imagem, os refúgios do entorpecer
Afagado isolamento de tormentas e folguedos