Perda dos Sentidos
PERDA DOS SENTIDOS (Ramon de Freitas Ribeiro)
Olhando para o escuro, eu vejo uma sombra alada
Sem os meus olhos só vejo minha alma
Mesmo que eu caia no caminho
Mesmo que tudo não tenha mais sentido
Meu corpo é o meu limite; meus sentidos, minha perdição
A vida resiste, o nada é a salvação
Com a perda do meu tato, aponto para a própria existência
Sem meus ouvidos agora ouço a própria essência
Mesmo que aquela voz seja inaudível
Mesmo que o universo seja inacessível
Meu corpo é o meu limite; meus sentidos, minha perdição
A vida resiste, do nada veio a salvação