Perda dos Sentidos

PERDA DOS SENTIDOS (Ramon de Freitas Ribeiro)

Olhando para o escuro, eu vejo uma sombra alada

Sem os meus olhos só vejo minha alma

Mesmo que eu caia no caminho

Mesmo que tudo não tenha mais sentido

Meu corpo é o meu limite; meus sentidos, minha perdição

A vida resiste, o nada é a salvação

Com a perda do meu tato, aponto para a própria existência

Sem meus ouvidos agora ouço a própria essência

Mesmo que aquela voz seja inaudível

Mesmo que o universo seja inacessível

Meu corpo é o meu limite; meus sentidos, minha perdição

A vida resiste, do nada veio a salvação

Ramon de Freitas Ribeiro
Enviado por Ramon de Freitas Ribeiro em 10/06/2010
Código do texto: T2311559
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