AMARGO
Amargo é o gosto desgostoso da solidão,
Encargo, carma que desola, assola,
Que desce a garganta e seca os ossos
De epífise a epífise.
Solidão, de áspera e rude delicadeza,
Sobremesa de espectros errantes
Que a devoram devagar a divagar
Por sendas sombrias e desequilibrantes.
Solidão.
Nada épico. Epidêmico.
E o epílogo desta doença fatal,
Nada mais natural que a morte.
>>KCOS<<