AMARGO

Amargo é o gosto desgostoso da solidão,

Encargo, carma que desola, assola,

Que desce a garganta e seca os ossos

De epífise a epífise.

Solidão, de áspera e rude delicadeza,

Sobremesa de espectros errantes

Que a devoram devagar a divagar

Por sendas sombrias e desequilibrantes.

Solidão.

Nada épico. Epidêmico.

E o epílogo desta doença fatal,

Nada mais natural que a morte.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 09/06/2010
Código do texto: T2309510
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