INÉRCIA
Já não posso mais ver seu sorriso envolvente,
nem passar as mãos pelos cabelos desalinhados.
Sumiu o som rouco de sua voz sedutora
Também o olhar malicioso e brincalhão.
Hoje você está inerte.
Calado.
Boca e olhos cerrados para sempre.
Milhões de noites infindas
a caminhar pelo escuro da noite
procurando lembranças...
E de você,
real ,
mais nada...
Somente o desespero de sabê-lo corroído
pelos vermes infames...