aqueles goles luminosos

a saudade bate agora,

e só vejo você em suas asas,

voando,

como se nada acontecesse,

e não tivesse largado algo atrás,

mas largou,

um corpo sedento de solidão,

em forma de espirito que morga sobre a terra,

em forma de puta bebada querendo sexo,

e o pior de tudo, é que você leva,

meu espirito e coração,

era tudo o que eu tinha de valor,

meus trocados não salvam a ultima dose,

e eu querendo morrer de porres,

acabo morrendo de frio,

nesse calor do sertão,

nem água mais corre sobre esse estranho moribundo,

que não sei por que ainda vive,

que corre de fatos comemoráveis,

com medo de lembrar a estranha forma daquele que leva,

o que era seu, e por um estranho momento,

era de ambos,

ambos passarinhos,

molhados e encharcados que não coseguiam voar,

essa insensatez é duvidosa,

é complicada,

mas, pode ir, vá,

vai logo,

antes que me arrependa,

e te roube pra ser feliz,

e te mostre que já não sou o meu corte profundo,

eu que nunca soube o que é felicidade,

caio em estranho abismo,

brinco de ciumes,

faço comigo, aquilo que deveria ter captado,

antes que discos voadores me ataquem,

e todos os humanos digam que não sou daqui,

lhes responderei,

mas fui eu, quem te quis,

e por um piscar de olhos, te vi ir embora.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 06/06/2010
Reeditado em 09/06/2010
Código do texto: T2304240