Solitude II
Tantos pensamentos em apenas vinte e tantos anos,
Tantas frases guardadas; outras que se perdem,
Estou submerso no negrume palácio das almas pensantes,
Amaldiçoados sejam; que a lanterna crâniana nunca apagará,
No ardor das três e quinze da madrugada,
Meus devaneios se rendem a subjetividade expressionista,
Como uma pintura de Otto Dix; a navalhadas no peito,
Mediocridade de soberania promíscua,
Como um César nas tantas orgias do senado,
Como fitar os olhos em outros, sem sentir a súbita vontade,
De me embriagar, me fazer ébrio para enfim velejar,
Mesmo que por algumas horas; mas velejar no mesmo lago,
Desses abençoados seres, como a lua;
Que sempre há de cintilar mas nunca o bastante para a noite virar dia,
Ah, de tantos outros ás; que belos olhares,
Que belas mentiras abrasadoras, pudera eu, amigos!
Compartilhar com vós essa embriaguez infinita!