Solitude II

Tantos pensamentos em apenas vinte e tantos anos,

Tantas frases guardadas; outras que se perdem,

Estou submerso no negrume palácio das almas pensantes,

Amaldiçoados sejam; que a lanterna crâniana nunca apagará,

No ardor das três e quinze da madrugada,

Meus devaneios se rendem a subjetividade expressionista,

Como uma pintura de Otto Dix; a navalhadas no peito,

Mediocridade de soberania promíscua,

Como um César nas tantas orgias do senado,

Como fitar os olhos em outros, sem sentir a súbita vontade,

De me embriagar, me fazer ébrio para enfim velejar,

Mesmo que por algumas horas; mas velejar no mesmo lago,

Desses abençoados seres, como a lua;

Que sempre há de cintilar mas nunca o bastante para a noite virar dia,

Ah, de tantos outros ás; que belos olhares,

Que belas mentiras abrasadoras, pudera eu, amigos!

Compartilhar com vós essa embriaguez infinita!

Lucas van Marques
Enviado por Lucas van Marques em 03/06/2010
Código do texto: T2298231
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