NEUTRALIZAR... A SOLIDÂO
Sem pressa o tempo passa
Vem á chuva com pingos leves.
O frio aparece bem breve.
A solidão abraça.
Carregada fica como as nuvens
Cobre as paisagens.
O frio vem e faz o coração tremer.
A dor e a saudade começam a tecer.
Bordam um bordado escuro
A solidão espreita de cima do muro.
Vê os olhos sem brilhos quase inertes
Ataca e deixa o coração triste.
Fica difícil com a solidão viver
Ela procura o brilho do olhar escurecer.
É necessário sopro divino.
E a companhia de anjos.
Para bordar uma obra de arte
Abraçar com força a nova sorte.
Dar na solidão um tombo... E neutralizar.
E sem demora sorrir e amar.
Hortência Lopes