Revolvendo com a sorte

O meu tempo caminha sem sede,

Sem pressa e sem medo.

Revelando com seus ventos

Toda sua doçura e todo seu veneno.

Os dias e as noites vêm estridentes!

Com o calor da luz sol,

E com o frio das sombras luas – tica.

Só me resta, agarrar-me neste vento,

De doçuras rápidas, de venenos lentos!

Por vezes muito absurda e por tantas, tão generosa!

“De onde vem este meu vento, antes, de deslizar na serra, revirar a relva, chacoalhar meus cílios? Talvez, de um leque santo, ou de algum canto ou conto, que me desfiz no passado, em que deixei rastro, ou raiz, ou pecado!”

Este meu tempo, não sobrevive de migalhas...

Ele atropela meus sonhos, aos montes!

Então, preciso ter pressa, e me vou! Sem reza,

Com este vento magistral.

E esta é a minha, magnífica rotina;

Mesmo, que eu seja querido, ou mesmo, odiado.

...........” Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 26/05/2010
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