Dói

Dói não apagar ausências,

e dizer poemas

escritos com lágrimas.

Dói dia após dia,

dourar às nuvens,

com lembranças do amor

feito de sonho e vento.

Dói ouvir teu nome

entre as folhas

dos livros que leio.

Dói compor lamúrias

e sair pelas esquinas

a clamar a tua presença

na sala dos desejos.

Dói derramar novas tintas

nos vestidos que visto,

para colorir teus regressos.

Dói saber que gargalhas

quando vem os temporais.

Sabes dos meus tremores

e do volume dos meus ais.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 26/05/2010
Código do texto: T2280836
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