EIS A QUESTÃO

Crer no sim,

Ou duvidar no não?!

Shakespeare já dizia assim,

Ser ou não ser?

Eis a questão!

Sei simplesmente que nada sei...

Pois como pode ser tão não?

Pronto a não continuar,

O que não começou a começar

E já acabou de terminar,

E eis ai o que restou,

Um monte de pedaços de nada

Foi o que sobrou,

Oh...

Dura solidão,

Partes daquela alegre alma

Transformada em pobre desalmada

Jogada ao chão...

Hum...

Mas será que sim?

Ou será que não?

Ou sim dizendo não?

E prosseguindo na contramão

Do não de dizer sim,

Ao não de dizer que não,

E então, afinal creio que não

Através do sim,

Ou creio que sim através do não,

Em virtude do não,

Ou ser somente um em si

Querendo e dizendo sim,

Afogando a mentira de um não,

Eis ai minha questão!

Em maio de 2010