CONJECTURAS DO NADA
As horas se foram caladas,
Num gélido silêncio.
Estática, aqui parada,
Pasmada ainda estou
Ante as conjecturas do NADA.
Foi-se aquela felicidade!
Aquele gosto de fruta madura,
Que de tanta ternura
Era o manancial de sorrisos
De uma alegria pura.
A passear no meu céu,
Restaram apenas os versos,
Tristes, solitários, vazios...
Cansada de tanto reverso,
Senti-me à margem do caminho,
Forçada a construir outro ninho.