CONJECTURAS DO NADA

As horas se foram caladas,

Num gélido silêncio.

Estática, aqui parada,

Pasmada ainda estou

Ante as conjecturas do NADA.

Foi-se aquela felicidade!

Aquele gosto de fruta madura,

Que de tanta ternura

Era o manancial de sorrisos

De uma alegria pura.

A passear no meu céu,

Restaram apenas os versos,

Tristes, solitários, vazios...

Cansada de tanto reverso,

Senti-me à margem do caminho,

Forçada a construir outro ninho.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 23/05/2010
Código do texto: T2275474
Classificação de conteúdo: seguro