Incertezas
Estou intrigada
Não se preocupe, não é com você
É comigo mesma.
De vez em quando me pego assim
Queria tanto descobrir
Quem é que me faz
Esquecer de mim.
É um sentimento corrosivo
Não sei se tenho ódio ou pena de mim
Mas fico com raiva, pode crê.
Sou uma pessoa do “querer”
Quero muita coisa boa
Mas querer é pouco
Eu preciso viver.
Será que sou vitima ou culpada dessa situação?
Porque que embora querendo sim
Continuo a me dizer não?
Estou me desesperando
Tenho vontade de chorar
Cadê o brilho da vida
Que eu não consigo enxergar?
Onde está a harmonia
Que eu sempre procurei?
Porque essa desordem?
Onde foi que eu errei?
Quem sou eu afinal?
Será que me conheço?
Ou não consigo sentir
Por mim nenhum apreço?
Só um vazio me consome
Ainda não sei explicar
Como posso viver
Sem me enxergar?
Talvez realmente eu seja
Uma grande desconhecida
Que busca loucamente
Encontrar uma saída.
Poder olhar para o mundo
E ver a beleza da vida
Erguer os olhos
Enxugar as lágrimas
E voltar a procurar,
Pois se ainda não me conheço
Quero muito me encontrar
Abrir-me para o infinito
E deixar me envolver
Pela bela sensação
De amar e de viver.