A DOR DE ROMEU

A DOR DE ROMEU

Esta é a terra dos cactos

E das pedras morbitas.

Palácio da morte

Hora sexta que se abraçam

Sobre montes trêmulos

do sem fim.

Olhos que não brilham

estrelas em ruínas

perdidas nos encontros

á sombra de homens vazios.

Terras de calangos

uivos da madrugada

entre a aldeia

a realidade.

PRA QUE?

Pra que ficar

Falando

Se as deduções

Fala m por aquilo

Que chamo!

Pra que falar das estrelas

Se as trevas das duvidas

Ofuscam seu brilho,

Pra que ficar aqui sentado

Se tudo ao lado

Verte lagrimas.

Pra que?

Vendem

seus gestos

à sombra dos desertos,

de mãos dadas

calculam no Tempo

o gosto das fadas.

Porque os outros

Compram perdão

Dos tumulos

Calam a podridão.

Baratas são seres leves,

leves como

o pesadelo de todas as mulheres.

É madrugada.

Ha os outros que

colhem pães

Dos tumulos

Em plena maturação.

Calam a excelência

De um sorriso

De maldades

São apenas risos.

Que é o odio senão

o destem solidario

De um coração no cerne.

Sem sugestões

Entre berço e tumulo.

O medo de viver é que

faz morrer pouco a pouco.

Calei-me

E fiz uma oração.

Assassinei algumas horas

De meu dia

E nas batidas do relógio

Tomou ritmo meu caos.

Tenho todo tempo do mundo

Para ler os poemas

De Cícero

Que ainda não estão

Dentro de mim.

Quando gritos fogem

Das sombras caquis.

No apagar do amor,

das palavras brotam

espinhos

e a roseira se contorce

se dor.

Esquisita é a sombra;

Melancolia e

lembrança estranha;

Mortal

é a flor sem o dia,

ver de novo a dor

da própria sangria

Prazer, dor e rebordosa

quero m”alma

desconfiada e triste

como cortejo sem rosa.

Olhos que em

desespero gritam;

virtude, graça e amor

na fé tão melindrosa...

A luz da verdade do

eterno Sober,

império tardio

desse divino drama de improvisos

imprevistos.

As vezes os gritos

sorriem aos prantos,

evocam os olhos

num simples cantar.

Uma lagrima sem maldade

e infinito beijos,

que perpassam a saudade

entre os fechos.

Ok Traiçoeira vida,

no límpido tudo abraça.

O perfume quebrado

[no]

coração que padece;

no mundo

um gemido

partido!

A inspiração do poeta

vem da fonte do seu pranto,

quanto mais dor ele derrama

mais doce fica seu eu.

Corpo, aonde andas

corpo.

Toc toc toc...

Tu me vês,

mas não sinto te.

Sou apenas alma

em frangalhos

caminho dos espíritos.

Nervos tortos

coluna ver quebrada.

Nas límpidas matas

um profano perdão,

Amor de bailarina

em teus gritos

a tempestade pede passagem.

Vai gemidos.

O eco das almas molhadas

do orvalho em bêbadas palavras

a luz do penhor.

Na flor da pele

um labirinto de paixões,

faz a colheita da madrugada

sementes

de amor em movimento em ter você,

Você, como vicia!

Cio na pele,

Gotas no limbo.

Na carnificina

ao canal do panamá,

Sonhos de viver

Idiotologia de homens

Ou psicopoetria

Em companhia de flores?

Medo de viver

Uma balada na praia deserta

Ri o Cantangaço seu

demônio noturno.

As mulheres da madrugada

á sol a pino,

e o cio da morte

grita palavras azuis

aos parias perdidos.

O desespero das gaivotas

Ao verem monges e carrascos,

Simplesmente a sorriem para as borboletas

Da Irlanda ao se por a voar,

Blecaute junto a alma

Na floresta os campos de trigo

Formam esculturas de carne,

É a cor em decadência.

Os anjos do asfalto

Pedem flores e velas,

Um fogo sagrado

Ilumina os tambores de Manhattan.

Vêem mais uma

Manhã em chamas.

A alma peregrina

Beija a borboleta sem asas

Em fuga pela solidão.

Em teus jardins

alma e carne sangram,

amar apenas amar

é tão forte!

A paz na alma na hora H,

fé e coragem

em seu véu um refugio

anda pelo mundo afora

faz dançar a valsa poética.

Uma flor no abismo

á espera da lagrima contida

do silencioso amor.

Geme a garça

na vertente do lago

livre para voar.

Falar de amor

É como cantar

um castelo ao vento

em cada gole

a utopia de respirar.

A tarja preta no caminhoX

sob a escada de Jacó.

a fúria das palavras

aos corações quebrantados

do pó da fé.

Semente da purificação

forja dos delírios,

a neve sem rumo

á parir um ser alado.

No jardim do desejo o prisioneiro

clama na solidão uma porta aberta

para o vôo do albatroz.

De artimanhas aos dilemas

despejo nas tavernas de Avalon

as macelas do mundo.

Magia profunda

nos atalhos de um

profundo corte medular.

alácios dos calangos

escalada de vícios sinistros

que se ligam a mera estrada de vento

Em meio ao prumo

um cheiro de rosas

pinta os sonhos

mundo afora que

mudo cavalga o corpo

de aço inox

com cheiro de florada.

Na harpa do amor

corpos ardentes

amam-se em notas

junto ao sol.

Uma linha de cerol

Um banco de praça

Eis ai as gerações dos delírios.

Quero lambuzar

a boca

em sua manga labial.

Nas estrelas as almas

gemem de dor,

vertem ao mar

como destino de poeta.

No alvo o vulto contempla

corpos em chama

á pedirem passagem para o inferno.

No banco da praça

um vento lateral grita

em versos que trafegam

Socorro...

Um menino oferece flores

em troca de algum pão.

Da gritos de dores

No apagar do sol.

Beija o frio da terra

em busca de abrigo,

como profeta andaluz

é mais um filho do infinito.

A dor do poeta

É como ararinha azul,

Faz perguntas sem destinos

Tendo a arte de ser.

Nos gritos do silencio

vem ao inverso

Em altos e baixos.

Como mística mulher

uma rosa na mão

Sem a força de dizer

dádivas da alma.

Olhos melindrosos,

pétalas.

Coragem para viver,

Sangue.

Nos bosques e labirintos um

conflito.

Asas da liberdade,

aflitos.

Lábios matutinos,

gemidos.

Amor ao inverso,

gritos

Corpo, aonde andas

corpo.

No quarto há cheiro de rato,

Procura-se rastro...

Dejetos no banheiro

procuram-se rastros...

A mulher ao lado

procura seu rato...

Bêbados na rua

procuram seus rastros...

Murmúrio de papeis na escuridão

procuram seus ratos...

A fome da madrugada

procura-se rastros.

Rastros e ratos tão castos

Geme a garça

na vertente do lago

livre para voar.

Falar de amor

É como cantar

um castelo ao vento

em cada gole

a utopia de respira

A tarja preta no caminho

sob a escada de Jacó.

A fúria das palavras

dos corações quebrantados

é pó da fé.

Semente da purificação

forja dos delírios,

neve sem rumo

á parir um ser alado.

No jardim do desejo o prisioneiro

clama na solidão uma porta aberta

para o vôo do albatroz.

Nas estrelas as almas

gemem de dor,

vertem ao mar

como destino de poeta.

No alvo o vulto contempla

corpos em chama

á pedirem passagem para o inferno.

No banco da praça

um vento lateral grita

em versos que trafegam

Socorro...

A minha vida

vaga sem destino.

Ergue como a flor

sobre o caule sensível.

Lança sobre o mar

um barco peregrino,

junto ao

seu fôlego salgado

afoga meu eu meio menino.

Já não precisas de meu riso

nem sentes a força

de meus braços,

estas livres do fardo

que carregavas,

podes andar com tuas próprias pernas.

Rejeitastes-me na noite de natal

entregando-me nas mãos dos carrascos da cruz.

Quando as luzes do bairro se apagam

vejo um rastro de tristeza

teu cão ladra sob o portão da garagem

e cercas elétricas estalam

sobre teus muros dando- me Adeus.

Há muito perdi a paz

Pelas estradas do mundo,

Meu caminho é so de ida

E nada mais.

Na casa um violonista

se arma

com seu arco e flecha.

O publico enlouquecido

se embriaga de seu som.

Liberdade dos nervos

Cheiro de paixão.

A chuva cai sobre a cidade

como vampiro sedento.

Um choro aqui

um lamento lá.

Ruas com pescoços furados

sem sangue nas veias

entupidas de dejetos.

Vejo a boca lívida

e frágil de cristal.

Meus versos mofos

que moram em

palácios de palavras toscas.

Em cada bengala o beijo

de uma mascara.

Irônica certeza

Do vinho tinto que mora comigo

para que vento sopre.

E não se sabia nada

dos males que conheçam.

Até que suas asas

nuas

se movam em minha direção

como o aço do desejo.

Há um rio de amor

que corta o intimo da canção

por si só.

O alfa e as

árvores

vão boiando na

ação das folhas

as partes atadas de

daninhas letras que viam o

inferno

e o rio

a formar manadas

com

ondas verdes.

O uivo do soldado

e as negras de simples estrelas.

Dos raios os egos

vão aterradas

sem dores.

Içadas as mudas

de volta ouvem os

risos do mar –

O pesar é tantas vezes

flamejou os anos que

vivi de flores

e vermelha que são elas,

pois meu filho me disse

que de flores brancas que

no brejo perto delas vivi.

A irresoluta alma

masculina, feminina

e animalesca.

Folha seca que inda luta

contra o vento

num cerrado ávido de grutas.

hoje e sempre

a irresoluta alma de Passarim.

Os mortos tímidos é vindos,

Sobre a sombra a oeste vai o vento.

Uma rosa brota e imita a humanidade

ás vezes o mato broxa.

As sereias ávidas de amor ,

bebem a sombra e o vento,

brota Timidamente no ceu o rio

em passadas rápidas.

Cartas a espera de uma dobra

entro na lavra

misto de tudo.

A mão que aperta o bem.

Sim se espaça

a alva dos dados,

No seio - três quartos

o bumbo no Céu vermelho.

e Isto é tudo.

O cio das palavras

Cessa e cala

meu apelo,

é o acesso

o álamo e o novelo.

Calo e me conténho!

anelo a festa.

anelo o monte da atitude,

Tornados ao espaço

os amantes nas montanhas,

Toma o pavão no mormaço,

No natal novas façanhas.

Remaram os nervos das meninas,

a sorte lançada na peste,

o véu rasgado com insulina ,

roubaram o céu que o veste?.

O desespero das gaivotas

ao verem monges destroçados,

simplesmente a sorriem para as borboletas

do porto que se poe a voar,

blecaute junto a alma.

Na floresta os campos de trigo

formam esculturas de carne,

é a cor em dor.

Os anjos do asfalto

Pedem flores e velas,

Um fogo sagrado

Ilumina os tambores do pequeno príncipe.

Vêem mais uma

Manhã em chamas.

A alma peregrina

Beija a mariposa sem asas

em fuga pela solidão.

o relógio sobre a porta .

a observar as perolas

que se tornam eternas.

Na Luz acesa

sem juízo

a monarca que é a mãe

do filho bastardo.

O dia acorda e com ele

as portas e janelas bocejam pela manhã.

Sou homem e duro pouco

por assim ser

e é enorme a noite

que me consome.

Mas olho para cima

e vejo seu lance como

as estrelas que me escrevem.

Sem entender compreendo

que sou também a sua escritura

e neste mesmo instante

alguém me soletra, o punhal ou cianureto?