ESPERANÇA
ESPERANÇA
Joyce Sameitat
Algo está entalado em minha garganta;
Preciso muito de ajuda para me libertar...
Talvez esta coisa seja até a esperança;
Que não sabe se vai vir ou então voltar...
Meu coração uma enorme rede lança;
Tentando fora do meu ser... A pescar...
Passa toda madrugada com ela na mão;
Logo que acordo vejo que foi em vão...
Tem de ser com algo bem mais forte;
Pela qual ela se deixe até arrastar...
Precisarei mesmo é de muita sorte;
Para a esperança de novo conquistar...
Ela entalou não tem tanto tempo assim;
E cá estou eu a sofrer com a desilusão...
Algo sério eu sei se abateu sobre mim;
Talvez seja a bandida da tão fria solidão...
Eu a quero de volta mas não sei prever;
Como a conseguirei novamente obter...
Balança minha alma bem solta ao ar;
Tentando fazer o meu coração adernar;
Para subir a garganta e ela então descer!
São Paulo, 18 de Maio de 2010