SOLIDÃO

Às vezes o sol parece não aquecer

O frio da alma

Nem clarear o escuro da mente.

Às vezes as noites parecem dias;

O sono parece nunca chegar.

Não se vê estrelas ou lua no céu...

Às vezes o silêncio é gritante,

A solidão é cortante

Como a espada do tédio, dilacerante...

Às vezes são dias, são noites...

Os dias maus são certos, seus açoites

Flagela o coração, a fé...

Às vezes dá vontade de fugir,

Mesmo sem saber pra onde

E do que se está em fuga.

Às vezes fechar os olhos dar medo,

Aí então, se conhece segredos...

Quando se percebe que de algo somos refém.

Às vezes as lágrimas parecem ácidas,

Rolam cortando a face,

Sem chance pr’um disfarce...

Às vezes são assim os dias de solidão,

Onde a fé resiste à depressão

E só Deus pra resgatar a esperança do abismo...

Guilherme Pereira
Enviado por Guilherme Pereira em 16/05/2010
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