NA CALADA DA NOITE

Esgueiro-me na noite, calada.

Meus olhos voltados para o céu

Trago em mim a morte atrelada

Nem me deixa saborear o que ainda é meu.

Neste Outono da minha ternura

Meu silêncio vem envenenar

O sono desperta e a noite é escura.

E eu apenas quero a Vida amar!

Já a saudade me roía

Eu a querer ir sempre mais além

Mas com estas velhas asas como podia?!

Sentei-me na noite como quem espera alguém.

Assim parados ficam meus anseios

O que se agita, se ouve, apenas o vento

Passam por mim devaneios

Num emaranhado enternecimento,

onde crescem flores e nascem sorrisos,

e aparecem novos sonhos sem avisos.

Nesta noite, perfume as rosas me dão

Já nem necessito olhar as estrelas

Arranjei modo de entender meu coração

Fantasias, loucuras, deixo-me a tecê-las.

natalia nuno

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