Aquele moço
Aquele moço de preto
Chapéu na mão, olhar perdido
Vê-se nele o semblante triste
Sai à chuva, anda a esmo
Traz consigo a lembrança da moça
A bela moça que amou
E que não pode ter em si...
Aquele moço sisudo
Que passa os dias sem medo
Que sente que não é mais o mesmo
Em um mundo que muda com o vento
Aquele homem barbudo
Que pensa em mudar com o mundo
Que pensa já saber tudo
Que julga conhecer seu futuro
E que de repente olha ao fundo
E percebe que pensando profundo
Esqueceu de viver entre tudo
Aquilo que chama de mundo.
Taia Jaques.