Aquele moço

Aquele moço de preto

Chapéu na mão, olhar perdido

Vê-se nele o semblante triste

Sai à chuva, anda a esmo

Traz consigo a lembrança da moça

A bela moça que amou

E que não pode ter em si...

Aquele moço sisudo

Que passa os dias sem medo

Que sente que não é mais o mesmo

Em um mundo que muda com o vento

Aquele homem barbudo

Que pensa em mudar com o mundo

Que pensa já saber tudo

Que julga conhecer seu futuro

E que de repente olha ao fundo

E percebe que pensando profundo

Esqueceu de viver entre tudo

Aquilo que chama de mundo.

Taia Jaques.

Taia Jaques
Enviado por Taia Jaques em 12/05/2010
Código do texto: T2252225
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