A Alegria dos Ignorantes
Ócio que me consome
Em uma realidade entediante
De conceitos baseados em pré-conceitos
De moral com fundamento alienante.
Tédio de conviver
Com a hipocrisia daqueles
Que nunca nem uma regra
Tiveram a ousadia de quebrar.
Os frutos podres estão em maioria
Nesta colheita acabrunhante
De criaturas sem atitude
Conformistas, estáticas.
Como é impossível manter
Qualquer espécie de diálogo interessante
Com estes seres constantes...
O tédio me consome com comentários fúteis.
Talvez eu seja um arrogante
Exclamando o quanto sou
Maior e mais consciente,
Melhor do que estas criaturas.
Mas os diálogos são inconcebíveis.
E eles riem e sorriem.
Eu me calo, solitário e austero.
É fácil dizer
Quem é mais intelectual.
E ainda mais nítido ver
Qual está mais próximo da felicidade.