A Alegria dos Ignorantes

Ócio que me consome

Em uma realidade entediante

De conceitos baseados em pré-conceitos

De moral com fundamento alienante.

Tédio de conviver

Com a hipocrisia daqueles

Que nunca nem uma regra

Tiveram a ousadia de quebrar.

Os frutos podres estão em maioria

Nesta colheita acabrunhante

De criaturas sem atitude

Conformistas, estáticas.

Como é impossível manter

Qualquer espécie de diálogo interessante

Com estes seres constantes...

O tédio me consome com comentários fúteis.

Talvez eu seja um arrogante

Exclamando o quanto sou

Maior e mais consciente,

Melhor do que estas criaturas.

Mas os diálogos são inconcebíveis.

E eles riem e sorriem.

Eu me calo, solitário e austero.

É fácil dizer

Quem é mais intelectual.

E ainda mais nítido ver

Qual está mais próximo da felicidade.

Ironic
Enviado por Ironic em 10/05/2010
Código do texto: T2248731
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