Solidão

Na boca o travo e o amargo

Na alma crua a semente

O corpo escravo da vida

Ossos, fadiga.

Nos olhos vidros e retangulos

Nas mãos flores e crispas

O corpo funâmbulo da vida

Amargura e cantiga.

Nos verdes, pernas e condutos

No peito coração e vacilos

O corpo reduto da vida

Canção antiga.