Poesia Concreta
Que é que há com a poesia?
Ela já não é a mesma!
Já não é como antes que sorria.
Decifrava sentimentos da alma.
Que será que houve com a poesia?
Algo está diferente.
Ela anda tão oca, tão vazia!
(o coração carente)
Onde estão lindas metáforas,
Que tão belas cenas iam descrevendo?
O sol, a lua, o céu e estrelas lá fora.
Mesmo nublado, chovendo por dentro.
Poesias de amor, de paixão.
Que as cores do mundo recriavam:
O azul do mar, o vermelho do batom,
Que a uma mulher ornamentavam.
Que acontece com os versos?
Palavras agora tristes.
Os caminhos agora inversos;
Não soam como antes
Fluíam palavras com fervor.
Poesia agora tão concreta!
Só falta rimar amor com dor.
Que é que há com o poeta?
Escrever poemas é tudo que sei
Mas uma parede dura me confronta
Como descrever o quanto amei?
Apenas uma saída, uma porta aberta.
Devo entrar, fazer meus próprios versos,
Enfrentar a solidão que a todos afeta.
Ser forte, seguir meus próprios passos,
No compasso de um coração poeta