eu não sou, eu sou

quem faz de mim o que sou,

chorou no meu ombro,

limpei as lágrimas do teu rosto,

e tudo isso foi uma simples pressão,

como se fossemos bombas e explodissimos a sentimentalidade,

mas somos humanos,

e humanos não são humanos,

são foliões de carnaval,

aquele que me fez ri nas horas felizes,

chorar ao me deixar só,

chorou no meu ombro ao tomar um simples pilequinho,

me deixou mole e forte,

fraco eu fui por dentro,

mas eu não chorei,

e as vezes eu sei do peso que é não chorar,

mais ai me reencontro com minhas razões,

velhos poemas e canções,

sinto saudade,

e me pergunto porque as bombas explodem por impacto?

e por que estou tão só?

meu mecanismo de carne osso esqueceu de ter um botão de fuga,

ao me fabricar esqueceram o botão de auto destruição.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 05/05/2010
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