Caminhando devagar, com as mãos no bolso
A tarde não choveu. As nuvens carregados iam e viam sonolentas como se ao sopro de um gigante. E o dia caminha como nas costas de um caramujo.
Voltando para casa à noite, caminhabdo devagar com as mãs no bolso, percebo que temperatura tinha caído, Petropolis parecia Londres. Imagino que um tempo desses deveria inspirar os fantamas a darem umas voltinhas para assustar o pessoal.
A noite em Petroplis era mesmo linda, uma noite encantadora com em um conto de fadas. Das lojas, portas e janelas abertas, para a rua fria, emanava um cheiro misterioso. Mofo??? Não era isso. Era cheiro de coisas antigas, de lembranças "Se saudade tiver cheiro esse é o cheiro da saudade", pensei, correndo o dedo sobre uma parede áspera.
Lembro que tinha tentado descrever uma noite como essa. Mas, por mais detalhes que eu arranjasse, não conseguiria transmitir a coisa como realmente era. Por quê? Ou eu não sabia desvrever mesmo ou uma moite de inverno fria e tensa é mesmo indiscrítivel.
Passei por uma rua na qual tinha casinhas, lojinhas, butiques, restaurantes e barzinhos, todos bem iluminados que chegavam a ofuscar os olhos. Haviam diversas pessoas, mas uma em especial chamou minha atenção. Custei a acreditar que outra pessoa se sinta como eu, estava só sentado inteiramente abatido com pertubadores pensamentos. Continuei minha caminhada solitária pela vizinhança descendo ruas onde arvores frondosas formavam como que um teto com seu galhos molhados pela leve brisa que caía.
Finalmente quando olho para o relógio e vejo que faltam duas horas para o dia amanhecer, resolvo ir para casa, agora com o casaco molhado ela chuva que aumentara. Chego em casa e percebno que mais uma vez estou sozinho, tiro a poupa molhada que agora não sei se é realmete chuva ou minhas lágrimas que caíram em todo esse percurso.
Caminhei nessa noite lemtamente com as mãos no bolso para não cair na tentação de enxugar minhas lágrimas...
Alexander Rocha
* A cada dia melhor...