ENQUANTO O TEMPO PASSA
Pouco a pouco a calma de dias vulgares
O sol aparece entre nuvens leves
O silêncio envolve os campos,
Banhados de raios solares breves.
Tenho minha melancolia azeda
Sentada no mesmo sítio há horas
E a tarde corre leda
Tras a noite sem estrelas, nem demoras.
Descanso as mãos, fecho olhos fatigada
O tempo passou, o silêncio desceu
E eu aqui sentada!
Dentro de mim o coração se abateu.
Fico impaciente
A satisfação se esvai
Palavras de Amor e Amizade na mente
E mais uma noite cai.
Passam as noites longas sem fim
Eu incapaz de traduzir em palavras sentimentos
Tudo na memória se reduz e a mim,
Vêem as recordações, umas felizes outras tormentos.
Deixo-me embriagar!
Com os sentimentos engolidos
Oiço um rouxinol cantar
Assim adormecem meus sentidos.
natalia nuno
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