prisioneiro
hoje me encontrei nos quatro cantos,
me fiz de espanto,
no teu corpo escuro,
me padeci, e percebi o que eu era,
a água do tempo flácido,
paredes do templo plácido,
agora sou eu assim,
amanhã serei mais esperto,
é o que minha quietude me exprime,
é o que você demora entender,
eu fico sossegado,
esperando acordar,
esperando entender,
que as esperanças são correntes,
feitas por elos de diamantes,
belos, que nos encantam até prender-nos a ela,
como uma miragem,
tão belo de se ver,
mas quando sabemos da verdade,
machuca.
somos presos a nossa visão,
e vivo aqui,
sabendo que sou preso a visão do que é belo,
e doi tanto quando sinto,
é algo passageiro,
que passa todos os dias,
e sempre volta.