prisioneiro

hoje me encontrei nos quatro cantos,

me fiz de espanto,

no teu corpo escuro,

me padeci, e percebi o que eu era,

a água do tempo flácido,

paredes do templo plácido,

agora sou eu assim,

amanhã serei mais esperto,

é o que minha quietude me exprime,

é o que você demora entender,

eu fico sossegado,

esperando acordar,

esperando entender,

que as esperanças são correntes,

feitas por elos de diamantes,

belos, que nos encantam até prender-nos a ela,

como uma miragem,

tão belo de se ver,

mas quando sabemos da verdade,

machuca.

somos presos a nossa visão,

e vivo aqui,

sabendo que sou preso a visão do que é belo,

e doi tanto quando sinto,

é algo passageiro,

que passa todos os dias,

e sempre volta.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 24/04/2010
Reeditado em 26/04/2010
Código do texto: T2216550