Sucumbem as horas desgarradas da tarde
Andorinhas campeiam os últimos raios de luz
O semblante da paisagem adormecida enrubesce
Dolentes, os sinos dobram, chamando a Jesus
 
Minha alma bebe toda a solidão do mundo
Uma fina nostalgia tudo encobre como açoite
As dinâmicas que governam o silêncio
Estendem o tapete de sombras da noite
 
Os elementos naturais em mim se fundem
Tenho nos braços o corpo do sol agora morto
Acolho os últimos pássaros que fogem do escuro
 
O meu espírito reacende com os vaga-lumes
A dançar como uma das estrelas pequenina
Nos caminhos improváveis do futuro!
 
 
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/04/2010
Reeditado em 27/08/2016
Código do texto: T2216259
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