Refém da Recordação

Lá no fundo desse coração poeta

Existe uma ferida que não se seca.

O alvo de uma inflamada flecha

Ardendo a cada lembrança que não se fecha.

Em cada respiração, o cheiro da flor

Peito que já não atende ao chamado do amor

Mas sofre com a recordação da dor

O adeus que amarga qualquer sabor.

Poeta cansado de amar

Em noites que a última saída era chorar

Via um mundo sem forças pra sonhar

Orações silenciosas caíam de seu olhar.

Tempos que a saudade chicotea o coração

A realidade se perdera na imaginação

Na cidade, largado a solidão

Tem a liberdade refém da recordação.

Olhar que pede sentimento

Amor que ultrapassou o tempo

Sentiu o sol lhe aquecer o pensamento

A porta aberta, o adeus ao sofrimento.

Maximiniano J. M. da Silva - terça, 29 de Dezembro de 2009

Max Moraes
Enviado por Max Moraes em 20/04/2010
Código do texto: T2209251
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