Existência melancólica!

Como se o real fosse o visível

a vida foge a um clarão limitado

como o escuro dos extremos de um túnel

preenchendo um invólucro desorientado. Nós!

Olhares para os extremos eternos

quase nada se vê, entende, ouve.

A agonia de tanto porquê, inferno!

Guiamo-nos pelas estações repletas de inverno

talvez, por não compreender o que sempre houve. Deus!

Não estranhamente o poeta indagava:

"do que ri a melancia enquanto assassinada?"

Invólucros carregando-se sem direção

enquanto a vida vai cedendo à morte

notável que cada um não dê atenção

da grandeza do conteúdo a seu porte.

Quanta fragilidade escondida em prepotência

carecidos de tanto significado inato

penso que existimos em dormecência

engano, existimos para não pensar, de fato.

Alguns invólucros põem-se a pensar, buscar.

O seu conteúdo na verdade.

A hermeticidade nos impõe o simples andar,

para os flutuantes de espírito: CRUELDADE.

LealdadeEgocêntrica
Enviado por LealdadeEgocêntrica em 07/04/2010
Reeditado em 07/04/2010
Código do texto: T2183894
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