Solidão Inorgânica

Meu coração pranteia solitário

Lágrimas temperadas pelo tempo,

Ouço vozes no bramir dos ventos

Que fecundam meu íntimo em corolário.

Meu rosto umedecido esmaece

Diante de raios coloridos em brasa,

Uma recôndita saudade de minha amada

Norteia meu peito ferido e fenece.

Minha solidão mergulha no deserto

Onde há larvas fragmentadas de concreto

Que obliteram as veredas da emoção...

Na tempestade em que meu âmago se encontra

Há soluços pungentes que demonstram

A frialdade inorgânica do meu coração!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 07/04/2010
Código do texto: T2183734
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