Sentimento sem nome
Queria expressar o que sinto agora
Com palavras, não sei se conseguirei
Em poema, pode ser que eu consiga
Mas não sei bem o que é
Pois é real
E o real não tem nome
O que tem nome já não é real, virou simbólico
E se o que sinto ainda não tem nome, ainda é real
E o real dói, destrói, corrói, desorienta qualquer cidadão!
É algo que está aí, querendo ou não
Como esse algo que sinto agora
É uma espécie de dor sem nome
Uma dor silenciosa, ruim e ao mesmo tempo gostosa
Que pensei talvez seja solidão
Doce solidão que apaga a luz do coração e impede de ver as pessoas da multidão
Ou será saudade?
Saudade de alguém que não sei quem é, ou de todos, ou de mim, ou de ninguém...
Quem sabe até não seja saudade de uma época, daquelas épocas nostálgicas e mágicas
Mas talvez não seja saudade e sim carência
É, carência: desejo de ser abraçada, beijada, desejada, amada...
São minhas três hipóteses, não consigo pensar em mais nada
Uai! Péra aí...Não é que as três podem ser amarradas?
A solidão faz sentir carência que leva a ter saudade
A saudade faz sentir solidão que leva a ter carência
A carência faz sentir saudade que leva a ter solidão
Saudade, carência, solidão...
Juntas formam uma coisa só
Um sentimento que ainda não tem nome
E como tal, é real
Vou chamá-lo de
De
...
..
.