Sentimento sem nome

Queria expressar o que sinto agora

Com palavras, não sei se conseguirei

Em poema, pode ser que eu consiga

Mas não sei bem o que é

Pois é real

E o real não tem nome

O que tem nome já não é real, virou simbólico

E se o que sinto ainda não tem nome, ainda é real

E o real dói, destrói, corrói, desorienta qualquer cidadão!

É algo que está aí, querendo ou não

Como esse algo que sinto agora

É uma espécie de dor sem nome

Uma dor silenciosa, ruim e ao mesmo tempo gostosa

Que pensei talvez seja solidão

Doce solidão que apaga a luz do coração e impede de ver as pessoas da multidão

Ou será saudade?

Saudade de alguém que não sei quem é, ou de todos, ou de mim, ou de ninguém...

Quem sabe até não seja saudade de uma época, daquelas épocas nostálgicas e mágicas

Mas talvez não seja saudade e sim carência

É, carência: desejo de ser abraçada, beijada, desejada, amada...

São minhas três hipóteses, não consigo pensar em mais nada

Uai! Péra aí...Não é que as três podem ser amarradas?

A solidão faz sentir carência que leva a ter saudade

A saudade faz sentir solidão que leva a ter carência

A carência faz sentir saudade que leva a ter solidão

Saudade, carência, solidão...

Juntas formam uma coisa só

Um sentimento que ainda não tem nome

E como tal, é real

Vou chamá-lo de

De

...

..

.

Liliane Cristina
Enviado por Liliane Cristina em 07/04/2010
Código do texto: T2183300
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