VAZIOS

Tudo cai levianamente

Nesses dias solitários,

Cai o mundo à minha frente,

Tudo é ausente e sedentário.

Quebradiça, está a vida;

Onde toca parte em cacos,

Toda noite é mal dormida,

Todos os dias são opacos.

Como folha, vaga a vida,

E pelos cantos se aninha,

Por lá geme abatida

Feita morte que avizinha.

A semana é sem destino,

Aos domingos, nada ter,

Queria ser um menino

Pra de amor nunca sofrer.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 07/04/2010
Código do texto: T2183269