VAZIOS
Tudo cai levianamente
Nesses dias solitários,
Cai o mundo à minha frente,
Tudo é ausente e sedentário.
Quebradiça, está a vida;
Onde toca parte em cacos,
Toda noite é mal dormida,
Todos os dias são opacos.
Como folha, vaga a vida,
E pelos cantos se aninha,
Por lá geme abatida
Feita morte que avizinha.
A semana é sem destino,
Aos domingos, nada ter,
Queria ser um menino
Pra de amor nunca sofrer.