O entardecer da vida
 
E o que farei se
Acordar para a mesma vida de sempre
Minha alma desnuda, solitária, vazia?...
Ah,  comboio invisível
Que pouco a pouco tudo leva, tudo arrasta
Para o entardecer da vida!...
Onde terei deixado meus sonhos do amanhã
Se de mãos vazias
Esqueci de dar corda para o meu coração?...
Nada,
Nem há mais músicas nos meus ouvidos...
Nada,
Nem há lembranças na minha tristeza...
É tempo de dar risadas na escuridão
Perder-me pelos caminhos inquietos
Ser rio, ser barco, ser só
Levar-me cada vez mais longe 
Deixar a poesia
Meus sonhos, minha fantasia

Para perder-me na tua ausência...

(Imagem: OST "Paisagem da Alma" - DAD)

                     Vinhedo, 3 de abril de 2010.
Benevides Garcia
Enviado por Benevides Garcia em 03/04/2010
Reeditado em 10/06/2016
Código do texto: T2175013
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