Noites iguais.
Chove aqui dentro de mim
Será uma noite longa
Sento sozinha no canto de sempre
Onde meu corpo já não me comanda
Uma bebida que bebo
Uma dor que não compreendo
Sinto que minha alma transborda
É como uma hora marcada
Um ritual, uma união perfeita entre eu e o nada
Meus pensamentos, ao invés de sumirem
Elevam-me a um universo singular
A cada gole meu
Sinto que minha alma flutua
São pontos cardeais infinitos sem direção alguma
São ensurdecedores gritos de agonia
São lágrimas que congelaram com o tempo
Minh' alma na verdade sempre foi uma voz gritante
Minh' alma viaja e custa a voltar
Nessa dose de marcas que não querem se apagar.