Noites iguais.

Chove aqui dentro de mim

Será uma noite longa

Sento sozinha no canto de sempre

Onde meu corpo já não me comanda

Uma bebida que bebo

Uma dor que não compreendo

Sinto que minha alma transborda

É como uma hora marcada

Um ritual, uma união perfeita entre eu e o nada

Meus pensamentos, ao invés de sumirem

Elevam-me a um universo singular

A cada gole meu

Sinto que minha alma flutua

São pontos cardeais infinitos sem direção alguma

São ensurdecedores gritos de agonia

São lágrimas que congelaram com o tempo

Minh' alma na verdade sempre foi uma voz gritante

Minh' alma viaja e custa a voltar

Nessa dose de marcas que não querem se apagar.

Dani Barbosa
Enviado por Dani Barbosa em 30/03/2010
Código do texto: T2167917
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