faces da madrugada

com a alucinação

seduzida pela madrugada –

intuição não,

essa narcotizada –

não posso dizer que a madrugada

me atinge inapelavelmente os nervos

minhas mãos trêmulas

não conseguiriam conduzir o pincel

nem que no meu ateliê

estivesse você

sentada para um nu artístico

artisticamente o meu obelisco

precisa da madrugada

refugia-se na madrugada

o meu esquizofrenismo

em busca de algum misticismo

que só encontro enquanto

o sol se esquecer de chegar...

Rio, 01/12/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 26/03/2010
Código do texto: T2159776
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