AJUDA-ME...
Que vontade de mergulhar na tristeza
E deixá-la lentamente me afogar
Gostaria de soltar-me nas amargas águas
Trazidas pela angústia e decepção.
Que vontade de pular do alto
Da minha imensa raiva dos meus enganos
Queria fingir ser Ícaro almejando o céu
E despencar até encontrar o chão.
Que vontade de recuperar a pureza
De relembrar a alegria ingênua que senti
Desejaria apagar o coração e a memória
E do nada recomeçar a existir.
Mas entre a vontade de morrer e viver
Tento sufocar o que me corrói
Salvar-me através do que já conquistei
(Ajuda-me! Ainda não me encontrei...).