Sem lugar

O que fazer quando nada mais importa?

Pra onde seguir se as portas se fecharam?

A escuridão tomou conta da sala,

Que esta fechada para visitação.

As janelas não se abrem,

A claridade insiste em penetrar pela fenda,

Que aos poucos diminui

Bloqueando a passagem do vento.

O nada corrompeu os sentidos

O vazio preenche os espaços

E a vida se esvaindo em meio ao caos da alienação.

Prosseguir é o mais difícil,

Desistir é possível,

Permanecer imutável na solidão de si mesmo

Com o tempo correndo ao contrário.

Perder o que não se tem,

Encontrar o que não se conhece,

Partir sem deixar marcas

Somente a procura do inexistente.

Livia Barreto
Enviado por Livia Barreto em 22/03/2010
Código do texto: T2153449
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