Eu só queria voar
Pergunto-me de onde vem a força que me faz seguir.
Pois meu caminho não tem sido fácil. Não mesmo!
Se tropeço em pedras e palavras
Se vago por entre ruas e copos
Se meu choro é frio como as noites...
Se não adianta nada escrever isso.
Tentei pular de um prédio um dia desses.
Mais fui impedido pela voz da consciência.
Se eu tentei pular, é porque tenho asas.
“E se tenho asas, é porque sei voar”.
Teria sido mais fácil.
Pois não estaria aqui agora magoado mais uma vez
Com o coração partido, com a voz roca, com os olhos vermelhos.
Essa rotina que me mata, deixa explicita a minha ausência. Falta amor, falta afeto.
Falta vida, sobra tédio.
Sobra raiva, falta teto.
Um lar que acolha meu corpo
Onde eu possa voar
E não sei se creio mais na vida ou no céu.
Onde caminho, vejo estrelas caindo ao meu redor.
Sinto almas dançando e, de tão belas, as confundo com beija-flores.
Queria entrar na dança!
E fugir dessa roleta russa dos dias, quero apagar todas as tristezas, todas as marcas de uma vida sem luz. E poder finalmente voar.
E de algum lugar, sinceramente espero encontrar com a voz da minha consciência, e quem dirá as regras, serei eu. Um anjo de asas monocromáticas que sonha em encontrar o seu lugar, o seu lugar.
Pergunto-me de onde vem a força que me faz seguir.
Pois meu caminho não tem sido fácil. Não mesmo!
Se tropeço-me em pedras e palavras
Se vago por entre ruas e copos
Se meu choro é frio com as noites...
Se não adianta nada escrever isso.