RASGANDO SORRISOS

Essa chaga doída que arde no peito

é ponta de adaga entrando profunda

rasgando sorrisos, cavando lágrimas

destruindo instantes felizes

Tal intensa chama em labaredas

lambendo a meiguice enternecida

apagando lembranças mimosas

fazendo em cinzas a ternura

Se fora de outrora o tempo

do qual eu pudesse fugir

como a brisa escapa da tarde

não machucaria tanto essa chaga

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 21/03/2010
Código do texto: T2151019
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