SOLIDÃO AMANHECIDA
SOLIDÃO AMANHECIDA
Manhãs que acordam solitárias
No desencanto do viver contido,
No profundo silêncio da manhã raiada
Nada vai mudar o viver ferido.
Silêncio desacompanhado de alegria,
Dias, noites, meses até anos
Faz uma realidade mal vivida,
Na minha alma frágil e definitiva.
Sinto a vida como uma vela
Sua chama é metáfora da vida,
Consome-se iluminando pedaços
Apagando-se no intervalo
De um espaço vazio.
Bom seria poder brincar de amor!
Descobrir a beleza no outono,
Encontrar na sabedoria dos anos
O rosto amado saído dos meus sonhos
No encanto que o desencanto me feria
As manhãs acordariam felizes nos meus dias.
MÁRCIA ROCHA
21/03/2010