Enquanto Deus cochilava            
A chuva chegou de mansinho
Molhando as folhas da mata
E as asas dos passarinhos
                              
Eu que absorto divagava
Acolhi a chuva com carinho   
Seu ruído macio no telhado
Fez-me crer que não estava sozinho
 
A chuva trouxe-me tanta ternura
Que na noite abriu-se um caminho
Então revigorei as velhas esperanças  
Nas asas de um copo de vinho
 
Debrucei-me sobre a janela 
Fitei a chuva, viajei no burburinho
Pensei com tristeza na humanidade
No futuro deste mundo mesquinho 
 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 18/03/2010
Reeditado em 20/02/2024
Código do texto: T2145345
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