ESPECTRO
 
  Acordado, na madrugada,
  espero, sem êxito, o sono
  mesmo na imensa escuridão.
  Na imensidão da cama gelada,
  pensando...ao passado retorno
  e relembro ali, nossa paixão.
 
  Levanto e, pela casa, ando
   a procura do teu formoso ser,
  até que um espelho encontro
  e diante da imagem, chorando,
  minha face eu deixo de ver,
  para observar só um espectro.
 
  Assim, naquela imagem disforme
  nada vejo, mas sinto lágrimas
  que rolam por todo espaço vazio.
  Eu não tenho mais o teu lume,
  nem a ternura de teus poemas,
  desde quando minha musa partiu.
 
  Volto para o meu quarto deserto,
  mergulhando naquela nostalgia
  e abraçando o meu travesseiro.
  Ah querida, se estivesses perto,
  a ti e aos teus anjos eu clamaria
  para ser teu eterno companheiro.
 
                        SP – 13/03/10
 
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 13/03/2010
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