SOLILÓQUIO

Como me doe esta dor
Esta dor que dói,
Que corrói E que destrói
Esta que não sangra
Esta mesma dor que dói.
Como me doe esta dor

Quero fica sozinho
Somente o dono da dor
Sabe o quanto a dor lhe dói
Não quero que alguém me diga
Que sabe o que estou sentindo
Pois se me virem sorrindo
Não saberão se a dor me dói.

Quero dividir a dor só comigo
Esta dor incruenta que me dói
Esta dor que chora de remorso
Mas a dor que assim mesmo dói

Não quero que ninguém me oiça
Vamos sussurrar bem baixinho
Não quero que alguém lamente
Esta dor que é em mim que dói

Alguém zombara da minha dor
Ferrada que não sangra não dói
Mesmo que não sangre a dor inútil
Serei testemunha e direi da dor
Que dói, que corrói e que destrói

Portanto quero ficar sozinho
E se me der vontade de chorar
Enxugarei as minhas lagrimas
Apenas eu, melhor que eu
Sei o quanto esta dor corrói
Dor triste,
Que triste chora e que triste dói.

A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc)
Enviado por A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc) em 07/03/2010
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2125938
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