Suburbio da saudade
Suburbio da saudade
Nalguma região
das minhas recordações,
Deixei segredos e confissões
Hoje gosto de reviver
Recordar compõe a vida de qualquer um
Regressar ao passado, ao tempo de crescer
Agora que o tempo é pouco,já quase nenhum.
Às vezes o silêncio é agressivo
Na Poesia me sinto sozinha
Mas apaixonadamente a amo
Como se ela fosse só minha.
Por ela chamo, a ela não me esquivo.
Desta doença ninguém me pode curar
Nem é simples a receita, não é reza.
Nem há arado que a possa lavrar
No chão do meu peito onde me pesa.
Onde me pesa e onde nasce
Semeada em tempo de ternura
E nesse tempo a colheita faz-se
A semente foi lançada em terra pura.
O frio aumenta, mas lá há calor!
e também há cumplicidade
Habita por lá o Amor!
E nalgum subúrbio ainda mora a saudade.
natalia nuno