ÂNSIA

Na ânsia do quero,

Sorrindo e sonhando

Espero.

Na dúvida, não quero e

Não espero. Cultivo o

desejo.

Ontem um ensejo nosso,

hoje outro momento, posso?

Às vezes tu,

marfim e eu ébano,

Muitos encontros,

Outros desencontros.

E na ânsia do novo

Me removo. E sem

Lero-lero, espero.

E nesse novo, renovo,

Espero e gosto. Por ti,

Como não posso?

Se te ouço faço,

Ou não faço?

Às vezes louco ou

Mesmo pouco, mas, ouço.

Ainda espero?

Quiçá não quero,

pois em ti posso sonhar.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 27/02/2010
Código do texto: T2109970
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