Choupana (Amor, Silêncio e Solidão)
É tudo silêncio como no deserto
Tudo escuro como num castelo de bosque
Mas o amor ainda existe em choque
Ao que nos parecia estar tão perto
A lua cheia de tanto esperar
Pela volta da garota que tinha sua pele
Que ainda em carne-viva me pede
Por tão logo não chorar
Por que não dizer adeus?
O carnaval perdeu as alegorias
Em um país sem categoria
Por que não dizer a Deus?
O homem, o amor e as feras
Flores mortas na sala de estar
Estar em outra sala à pensar
Estarem indiferentes ao que era...
Calma, é só o luar entre as árvores
E as folhas só querem lhe visitar
Não clame sem antes escutar
Os sons noturnos do bosque
É amor, mas é também silêncio e solidão...
Choupana...