Autômatos

Que andam nas ruas

Que te atendem nos lugares

Que te fazem rir

Mas que são apenas autômatos

Vê-se os limites

Vê-se as dificuldades

Eles não sabem que são automatos

Mas eu sei

Posso não ser um

Mas vivo entre

Tenho que saber me relacionar com

Sem me transformar num

Quero quebrar todos

Arrancar o ser em sono

Ensina-lo a andar e falar

Fazê-lo meu amigo

Mas quem quer compartilhar

dessa visão horrenda em que vivo?

De ver autômatos sorrindo

dentro de um dia-a-dia construído

Não consigo amar um autômato

Mesmo belo e louco

Um autômato

Sinto muita dó

Ter que esperar dar um pane

Deitar no divã

para ter uma chance?

Mas tudo tem um começo...

"oi , quer ser meu amigo?"

Paolo Naccimento
Enviado por Paolo Naccimento em 22/02/2010
Código do texto: T2101420
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