Autômatos
Que andam nas ruas
Que te atendem nos lugares
Que te fazem rir
Mas que são apenas autômatos
Vê-se os limites
Vê-se as dificuldades
Eles não sabem que são automatos
Mas eu sei
Posso não ser um
Mas vivo entre
Tenho que saber me relacionar com
Sem me transformar num
Quero quebrar todos
Arrancar o ser em sono
Ensina-lo a andar e falar
Fazê-lo meu amigo
Mas quem quer compartilhar
dessa visão horrenda em que vivo?
De ver autômatos sorrindo
dentro de um dia-a-dia construído
Não consigo amar um autômato
Mesmo belo e louco
Um autômato
Sinto muita dó
Ter que esperar dar um pane
Deitar no divã
para ter uma chance?
Mas tudo tem um começo...
"oi , quer ser meu amigo?"