LEMBRANÇAS SOLITÁRIAS
por Regilene Rodrigues Neves
Fico calada ouvindo o silêncio
Sussurrar dentro de mim
O barulho da alma é um gemido de solidão
Colado na carência do meu íntimo
Uma lágrima lá dentro
Faz tempo que não escorre no meu olhar
O medo da tristeza afaga meu peito
Carências de amor
Abrigam entre quatro paredes
Rabiscadas de poesia...
Manchas de sentimentos
Criaram crostas na alma
Que soltam textos
Cheios de sentimentalidades...
Algumas palavras feitas de areia
Caem depois que o tempo
Absorve a umidade do passado
Restos de fragmentos são varridos pra fora...
Versos que um dia sofreram de amor
Viram pedaços de carência
Numa aparência derruída...
A velha parede
Que ontem habitou meu presente
Está cheia de marcas do passado...
Arredor um quarto vazio
Onde moraram minhas lembranças solitárias...
Em 09 de fevereiro de 2010