Um sol de meias-luas

Na selva densa da minha solidão

Vejo-me nua, sem eira nem beira

Sou ilha deserta, mas mulher inteira

Submersa nas águas da desilusão

Soletro nomes que me vêm à mente

Na busca constante da identidade

Contra a amnésia procuro a verdade

Esqueci o passado vivo no presente

Vagueio sem memórias até me encontrar

Que espécie serei, mulher sem idade?

Ou poeta que vive sempre a sonhar?

Visto de alvoradas e versos de amor

Em mim um sol de meias-luas

Quem sabe o meu nome não é Leonor?

Fana
Enviado por Fana em 07/02/2010
Código do texto: T2074729
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